Recentemente li uma matéria sobre empresas e universidades
americanas que estão desenvolvendo programas destinados a recrutar e treinar
mulheres que pausaram suas carreiras para acompanhar seus filhos e que agora
querem voltar.
Os programas são bem interessantes, durante algumas semanas, as
participantes recebem aulas de finanças , comunicação estratégica, planejamento
e marketing, dentre outros temas. Formam-se pequenos grupos com especialistas
em carreiras para trocas, dinâmicas, utilizam-se ferramentas de mapeamentos de
carreiras, jogos corporativos, ou seja, essas mulheres são preparadas para encarar
um realidade nova e já vivida em outros tempos.
É uma forma nova de recrutar
talentos, em vez de perseguir os recém-formados nas escolas de negócios, a
ideia é atrair mulheres altamente qualificadas que deixaram a força de
trabalho, e que topam muitas vezes ganhar um salário bem menor ao que tinham
anteriormente. Econômico não?
Outra novidade também é a contratação para trabalhos
pontuais, para que ambos, empresa e profissional, tenham tempo de analisar se realmente
esse é o momento da volta.
Esse tema é quente nas salas das escolas americanas de
negócios e é uma marca de importante mudança, mudança de cultura. Fala-se muito
em igualdade de gêneros no mercado corporativo, e na prática só será possível
essa igualdade, se entendermos que a maternidade é da natureza feminina, e
cuidar bem das crianças é um investimento profundo, em uma sociedade melhor,
uma sociedade autoconfiante.
Descobrir como facilitar a volta ao trabalho é parte do
maior desafio das mulheres. A preocupação é nossa.
No Brasil as iniciativas são
mínimas ainda e o empreendedorismo feminino vem sendo a alternativa. Empreender
não é para todos, torço para o dia que as empresas parem e realmente pensem
nessa força de trabalho, tão importante e valiosa, quem sabe assim teremos uma
nova realidade, onde esses programas sejam vistos não como excepcionais e sim
normais. E que homens e mulheres possam pausar suas carreiras por diferentes
motivos e saber que no futuro terão opções para voltar.
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