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sexta-feira, 5 de abril de 2013

As executivas também erram...



Você conhece Marissa Mayer? Ela foi a primeira CEO contratada por uma grande empresa (Yahoo), enquanto grávida, optou por ficar apenas duas semanas de licença de maternidade e e agora em fevereiro de 2013, proibiu o home office para todos os funcionários da empresa.
Essa sua decisão afeta diretamente as mães que trabalham e que buscam a flexibilidade em seus horários para cuidar com sucesso de seus papéis em casa e no trabalho. Marissa poderia desbravar um caminho de trabalho novo para as "mães que trabalham", em vez disso optou por uma posição bem controversa.

Lembrei de uma reportagem da revista época em que divulgava uma pesquisa americana feita com 1000 crianças. A pesquisa sugere que a volta ao trabalho de forma integral não prejudica o desenvolvimento do bebê, embora coloque que a situação ideal é que a mãe trabalhe meio período no primeiro ano de vida do bebê. Infelizmente, essa realidade ainda é pouco praticada no mundo corporativo, caberia aí um grande exercício para os gestores das empresas em criar novas possibilidades para mães continuarem financeiramente ativas e conciliarem a maternidade.  Muitas atividades de uma rotina corporativa podem ser feitas à distância, algumas até feitas com maior rapidez quando existe um ambiente com concentração.

Essa decisão do Yahoo é tão arcaica, ainda mais no mundo de TI. Na verdade, vivemos uma realidade radical no mundo corporativo, ou você está 100% dedicada, leia-se 100% atuando no horário comercial, fisicamente dentro de um escritório, trabalhando ou não...E você, mulher após a licença maternidade é forçada a voltar a essa fantasia de “estar em um escritório” produzindo. Faltam às mulheres, gestores que criem oportunidades que permitam conciliar os dois papéis. A mentalidade da maioria dos executivos é antiga, nesse tema, o governo poderia atuar mais fortemente e criar políticas de incentivo para empresas que criassem essas novas possibilidades para mulheres mães.

Presenciamos recentemente uma vontade maior das mulheres em dedicar-se a maternidade, estar mais próximas dos filhos, é uma nova tendência e tão importante para a formação emocional das crianças. Como mulheres precisamos exercitar o respeito à liberdade de escolha e todas as escolhas devem ser respeitadas, a escolha de permanecer em casa ou a escolha de voltar ao trabalho. O que precisamos é criar ambientes mais receptivos e respeitosos para mulheres que querem conciliar os dois papéis. Trabalhar meio período é sim uma possibilidade, muitas das atividades administrativas podem ser executadas à distância, via internet e celular, e o tempo em escritório ser dedicado a reuniões, treinamentos e atividades presenciais. Como ex-executiva de RH posso afirmar que muitas funções comportam essa nova dinâmica, tais como: atividades de suporte a sistemas, compras, atividades voltadas a rotinas administrativas e de controle. Hoje nos Estados Unidos até processos de coaching são feitos a distância e exigem poucas reuniões presenciais. Nessa nova realidade, o empreendedorismo seria mais uma opção e não talvez a única para mulheres mães.

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